O arco narrativo da MPB ou Influência do Rap, por Túlio Villaça

A coluna Interpretações do Brasil e musicalidades publica hoje o texto de Túlio Ceci Villaça, crítico musical que mantém há mais de dez anos o blog Sobre a canção (e seu entorno e o que ela pode se tornar). Uma seleção de textos do blog foi publicada no ano passado em livro homônimo, celebrando a longevidade do espaço virtual em tempos de retração da atividade crítica especializada. No texto de hoje, o autor faz um balanço da trajetória da MPB à luz dos desafios contemporâneos colocados especialmente pela emergência e crescente centralidade do rap na cena cultural do país.

Interpretações do Brasil e musicalidades é uma das colunas do Blog da BVPS e tem curadoria de Pedro Cazes (Colégio Pedro II). Para ler mais textos da coluna, basta clicar aqui. Não deixe de nos seguir no Instagram e no Facebook!

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“Desbravar o mundo dentro do Brasil”, uma entrevista com Ilessi

Na atualização de hoje da coluna Interpretações do Brasil e musicalidades, trazemos uma entrevista com a cantora e compositora carioca Ilessi e uma resenha do seu último disco, lançado no início de 2020, e dedicado à obra do compositor brasileiro Manduka. O texto e a entrevista abordam a trajetória da cantora, seus projetos e escolhas estéticas e a atualidade da obra de Manduka. Discutimos sua visão ao mesmo tempo cosmopolita e enraizada no Brasil “profundo”, sua crítica às visões sobre o “progresso” do país e sua defesa incondicional da liberdade do artista popular.

Ilessi é carioca da Zona Oeste e já lançou três discos: Brigador – Ilessi canta Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro (2009), Mundo Afora: Meada (2018) e Com os pés no futuro – Ilessi e Diogo Sili interpretam Manduka (2020). Está prestes a lançar seu primeiro disco de canções autorais, intitulado Dama de Espadas. Em 2019 venceu na categoria “Melhor Intérprete” a Mostra Competitiva Novos Talentos da Música, realizada pela FIRJAN, com a canção “Ladra do lugar de fala” (Thiago Amud). Ilessi é formada em Licenciatura em Música (2018) pela UNIRIO, com estágio na Universidade de Örebro (Suécia), e em Serviço Social (2004) pela UFRJ. Vem sendo apontada pela crítica musical como uma das vozes mais potentes e marcantes da cena contemporânea da MPB.

Interpretações do Brasil e musicalidades é uma das colunas do Blog da BVPS e tem curadoria de Pedro Cazes (Colégio Pedro II), que escreveu a resenha que segue e conduziu a entrevista com Ilessi. Para ler mais textos da coluna, basta clicar aqui. Não deixe de nos seguir no Instagram e no Facebook!

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“Só dói quando eu Rio”: Aldir Blanc e a cidade, por Pedro Cazes

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Na atualização de hoje da série Pandemia, Cultura e Sociedade o sociólogo Pedro Cazes escreve sobre o compositor Aldir Blanc, vítima da Covid-19, e sua relação com a cidade do Rio de Janeiro expressa nas canções e letras que pontuaram toda a sua trajetória desde a década de 1970. Pedro Cazes também é o curador da coluna Interpretações do Brasil e musicalidades do Blog.

Pandemia, Cultura e Sociedade é uma parceria do Blog da BVPS com a revista Sociologia & Antropologia (PPGSA/UFRJ). Assine o blog para receber as atualizações e curta nossa página no Facebook.

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20 anos de “Sobrevivendo no inferno” – Entrevista com Acauam Oliveira (UPE), parte 2

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Foto Klaus Mitteldorf/Divulgação

Publicamos hoje a segunda parte da entrevista inédita com Acauam Oliveira, realizada pelo coordenador da seção “Interpretações do Brasil e musicalidades” do Blog da BVPS, Pedro Cazes. Oliveira, doutor em Literatura Brasileira pela USP e professor da Universidade de Pernambuco (UPE), escreveu a introdução ao livro Sobrevivendo no Inferno (Companhia das Letras), publicado ano passado, e que traz todas as letras do disco homônimo dos Racionais MC’s . Para ler a primeira parte da entrevista, clique aqui.

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20 anos de “Sobrevivendo no inferno” – Entrevista com Acauam Oliveira (UPE), parte 1

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Capa do livro Sobrevivendo no inferno, Companhia das Letras

Retomando os trabalhos da coluna “Interpretações do Brasil e musicalidades”, publicamos entrevista inédita com Acauam Oliveira, Doutor em Literatura Brasileira pela USP e professor da Universidade de Pernambuco (UPE). Oliveira escreveu a introdução do livro Sobrevivendo no Inferno (Companhia das Letras), publicado ano passado, que traz todas as letras do disco homônimo dos Racionais MC’s, cujo aniversário de 20 anos do lançamento era então celebrado. Ele tem se destacado na crítica musical e cultural, especialmente sobre a canção brasileira contemporânea e suas movimentações recentes. Em conversa com Pedro Cazes (coordenador da coluna), ele fala sobre os significados da publicação do livro, o lugar do rap e da produção periférica no cenário nacional e sobre a estética dos Racionais MC’s, construída ao longo de três décadas de carreira. Dividimos em duas partes, pois a conversa rendeu! Boa leitura.

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“DE COMO O COMPOSITOR BRASILEIRO ENFRENTOU A DITADURA MILITAR”, POR HELOISA MURGEL STARLING (UFMG)

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Fonte da imagem: Fundo Correio da Manhã/Arquivo Nacional, Data: Jun/1968.

   Entre 1964 e 1985 – os anos da ditadura militar brasileira –, um punhado de canções se empenhou em devassar o mundo do segredo, do censurado, do impublicável para contestar a versão oficial colocada em curso pelos militares. De maneira furtiva e de forma mais ou menos cifrada – necessária, inclusive, para driblar a censura – a canção popular perturbava e comprometia a coerência e a veracidade da narrativa oficial e permitia ao compositor agir com um sabotador de versões, alguém capaz de extrair da realidade política do país um conjunto de informações e através delas proceder a uma ostentação de fatos que contestavam a versão dos acontecimentos apresentada pelas autoridades. Afinal, talvez pensasse o compositor, uma história pública, ao público pertence. Continue lendo ““DE COMO O COMPOSITOR BRASILEIRO ENFRENTOU A DITADURA MILITAR”, POR HELOISA MURGEL STARLING (UFMG)”

“DA SENZALA AOS PALCOS: CANÇÕES ESCRAVAS E RACISMO NAS AMÉRICAS 1870-1930”, ENTREVISTA COM MARTHA ABREU (UFF)

Capa de Partitura. E. T. Paulla warmin’ up in dixie, 1899. Historic American Sheet Music, Duke University. Disponível em http://library.duke.edu/digitalcollections/media/jpg/hasm/med/b0158-1.jpg Acesso em 25/07/2016

O blog da BVPS retoma a série sobre “Interpretações do Brasil e musicalidades” com entrevista inédita com a Profa. Dra. Martha Abreu, do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF). No final de 2017, Martha Abreu publicou, na inovadora coleção “Históri@ Illustrada” da Editora Unicamp, o livro Da senzala ao palco: canções escravas e racismo nas Américas 1870-1930. O trabalho é fruto de anos de pesquisa sobre artistas negros no contexto do pós-Abolição. Recheado com farto material audiovisual, o ebook explora o universo das apresentações musicais, gravações e edições de partituras que registravam estilos musicais, ritmos e danças associados à diáspora africana nos Estados Unidos e no Brasil. Na conversa com Pedro Cazes (Colégio Pedro II/IESP-UERJ) que segue abaixo, percorremos alguns pontos importantes do livro e da pesquisa realizada pela autora, como a perspectiva transnacional, as formas ambivalentes de reprodução dos estigmas raciais na indústria cultural da virada do século XIX para o XX, e o protagonismo de artistas negros nesse ambiente.

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“CANÇÕES DO FIM”, POR PEDRO CAZES (COLÉGIO PEDRO II E IESP/UERJ)

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Fonte da foto: Bruno Kaluca (Retirado de https://jornalggn.com.br/noticia/pitaco-de-chico-por-marielle)

 

 Por Pedro Cazes[i]

Lá se vão mais de 13 anos desde que Chico Buarque, muito sabiamente, anunciou numa entrevista[ii] o “fim da canção”. Não podia estar mais correto, se soubermos ler seu enunciado de modo menos literal. Desde então essa questão se tornou incontornável tanto para o debate crítico[iii] quanto para a própria produção musical contemporânea.

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