Coluna MinasMundo | Trilhas de uma geração de sociólogos mineiros, por Elisa Reis

A BVPS publica hoje texto apresentado por Elisa Reis (UFRJ) no Seminário MinasMundo, Ouro Preto (2024-1924), realizado no final de março.

Na mesa Minas e os Mundos, tomando como fio condutor a ideia de viagens por mundos diversos, Elisa Reis refletiu sobre os caminhos trilhados pela geração que viveu a experiência do curso de graduação em sociologia e política que funcionou de 1953 a 1967 na Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG. A socióloga também abordou o processo de socialização na faculdade, as experiências de treinamento no Chile e nos Estados Unidos, e as diversas opções profissionais no período de institucionalização do ensino de pós-graduação no Brasil.

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Coluna MinasMundo | A poesia de Ricardo Aleixo, por Angelo Oswaldo de Araújo Santos

A BVPS publica hoje uma primeira repercussão do seminário MinasMundo, Ouro Preto (2024-1924), realizado na semana passada. Angelo Oswaldo Araújo Santos nos brinda com um texto sobre o grande poeta Ricardo Aleixo, cuja apresentação no seminário foi não apenas impactante, mas também iluminadora. “A poesia de Ricardo Aleixo”, de Angelo Oswaldo, que publicamos em primeira mão, é precedida por uma pequena apresentação de André Botelho, intitulada “Dois anjos”.

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MinasMundo: do vídeo-manifesto a Ouro Preto (2024-1924)

Este post é um convite para o seminário MinasMundo, Ouro Preto (2024-1924) que se avizinha, nos dias 25, 26 e 27 de março. Convidamos ainda leitoras e leitores da BVPS a conhecerem ou reverem o vídeo-manifesto com o qual lançamos o projeto, acompanhado de uma análise dele, assinada por Marco Antonio Gonçalves, que integra o Glossário MinasMundo (Relicário Edições), cujo lançamento acontecerá no anexo do Museu da Inconfidência na terça-feira, dia 26, às 18hs. A experiência de rever o vídeo-manifesto mirando a programação do seminário – que também apresentamos no post – nos fez pensar sobre o tempo. Tempos difíceis, de pandemia e ameaças à democracia. Mas, também de solidariedades e aprendizados. Os inícios e os finais de um projeto tão abrangente e singular como o que tivemos/temos a oportunidade de realizar coletivamente.

Rede composta, hoje, por mais de 70 pesquisadoras e pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e de diversas instituições, no Brasil e no exterior, o MinasMundo se formou há quatro anos com alguns desafios de inovação da produção do conhecimento e da sua comunicação pública, como rediscutir o sentido cosmopolita que o modernismo também forjou, para além dos compromissos ideológicos em diferentes dimensões e em matizes políticos distintos, até mesmo antagônicos. Como uma viagem para o interior do Brasil o abre ao mundo – mais ainda, refunda a agenda estética e intelectual que mobilizará todo o século XX? Questões como original e cópia, centro e periferia, local e universal e dependência cultural não sairiam mais da pauta. Além da crítica à perspectiva eurocêntrica e esboços precários, com os recursos intelectuais e políticos disponíveis naquele tempo, de uma abordagem que hoje identificamos ao pós ou decolonial. A geopolítica do conhecimento – científico ou artístico – está aí para, infelizmente, não nos desmentir. Apesar das promessas de um mundo policêntrico, hierarquias e desigualdades duráveis persistem também no campo da cultura. Temos olhado, novamente, muito para “dentro”, mobilizados que estamos pelas lutas por reconhecimento, subalternidades e políticas de identidades. Tudo isso é sem dúvida premente, nossa dívida enquanto sociedade e Estado-nação com maiorias minorizadas é imensa. E não pode ficar mais pendurada, no fiado. Mas, até mesmo para enfrentá-la, é preciso uma perspectiva mais macro, a um só tempo política e academicamente inovadora, do processo social e suas interdependências, desafios e impasses em escala global, a começar pelo próprio capitalismo, sistema de produção e reprodução de desigualdades inimagináveis. Cosmopolita não é o modernista que viajou para Paris ou para Ouro Preto, mas aquele que entendeu e reorientou sua conduta em relação à diferença, ao outro. Aqueles e aquelas que criaram e criam ramais e caminhos de comunicação democrática. São muitos os deslocamentos estéticos, intelectuais, sociais e políticos que qualquer viagem, qualquer uma delas mesmo, mesmo ao redor de um livro, permite. E exige. Um gesto ritual: voltar a Ouro Preto cem anos depois de Mário, Oswald, Tarsila e outros modernistas para redescobrir um Brasil que não é uma cópia malfeita da Europa, nem por isso uma constelação autêntica. O “entre-lugar” em que estamos como sociedade há mais de 500 anos é um lugar político e não nos permite, simplesmente, ignorar esse legado. Ele o exige e muito mais: a lutar por outros legados que nos constituem sem, porém, contar com a providência e o conforto ontológico de uma “unidade” ou “pureza”, como nos tem ensinado também Silviano Santiago, esse carioca do mundo, nascido em Minas e uma das inspirações do MinasMundo. Cosmopolitismo: perigo por todos os lados.

MinasMundo, Ouro Preto (2024-1924) é uma parceria do projeto MinasMundo e da Prefeitura Municipal de Ouro Preto.

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Ocupação BVPS Mulheres 2024 | Mulheres artistas na Belo Horizonte dos anos 1920: novos olhares sobre a História da Arte na cidade, por Rita Lages Rodrigues

Na última atualização do dia, publicamos na coluna MinasMundo texto de Rita Lages Rodrigues (UFMG) sobre as artistas Zina Aita e Jeanne Louise Milde na capital mineira do começo do século XX. Segundo a autora, ainda que ambas não tenham se identificado com lutas feministas, elas apresentaram ao mundo das artes novas formas de se ser artista e mulher.

Nesta semana do 8M, a BVPS promove pelo segundo ano consecutivo a Ocupação Mulheres, reunindo ensaios, relatos, cartas, conto, entrevista e resenhas que abordam temas, reflexões e dados das mais diferentes ordens sobre mulheres.

A ocupação não acaba neste 8M! Continue acompanhando nossas postagens nos próximos dias. Para saber mais sobre a iniciativa, clique aqui.

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Ocupação BVPS Mulheres 2024 | Queria ter um quarto só pra mim, por Myriam Ávila

A nova atualização deste 8M traz na coluna MinasMundo um pequeno texto de Myriam Ávila (UFMG) sobre a atriz e escritora mineira Maria Lysia Corrêa de Araújo. Myriam compartilha alguns trechos de cartas enviadas por Maria Lysia à sua irmã caçula, a escritora Laís Corrêa de Araújo. São as primeiras cartas de um conjunto de mais de 100, que está recebendo tratamento para publicação.

Nesta semana do 8M, a BVPS promove pelo segundo ano consecutivo a Ocupação Mulheres, reunindo ensaios, relatos, cartas, conto, entrevista e resenhas que abordam temas, reflexões e dados das mais diferentes ordens sobre mulheres.

Continue acompanhando as publicações da Ocupação BVPS Mulheres 2024. Para saber mais sobre a iniciativa deste ano, dedicada às mulheres e meninas palestinas, clique aqui.

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Ocupação BVPS Mulheres 2024 | Entrevista com Angel Vianna, por Joana Ribeiro

Em mais uma atualização deste 8M, publicamos na coluna MinasMundo uma pequena entrevista com a bailarina mineira Angel Vianna, na qual ela conta sobre o início de sua carreira. A entrevista, conduzida por Joana Ribeiro (UNIRIO), integra a coletânea Angel Vianna: Sistema, método ou técnica? (2009), organizada por Suzana Saldanha.

Na semana do 8M, a BVPS promove pelo segundo ano consecutivo a Ocupação Mulheres, reunindo ensaios, relatos, cartas, conto, entrevista e resenhas que abordam temas, reflexões e dados das mais diferentes ordens sobre mulheres.

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Ocupação BVPS Mulheres 2024 | Pesquisadoras do projeto MinasMundo

Neste 8M 2024, a BVPS saúda as pesquisadoras do projeto MinasMundo e as convidadas para o seu seminário de encerramento. Após 4 anos de trabalho, o projeto consolidará uma agenda intelectual, artística e pública sobre diferentes dimensões e sentidos do cosmopolitismo na cultura brasileira, de ontem e de hoje.

Minasmundo, Ouro Preto (2024-1924) ocorrerá nos dias 25, 26 e 27 de março numa parceria com a Prefeitura Municipal de Ouro Preto. Durante o seminário será lançado o Glossário Minasmundo (Relicário Edições) com um panorama temático, histórico e conceitual do cosmopolitismo mineiro. Conheça a programação clicando aqui, aqui e aqui.

Ocupação BVPS Mulheres 2024 | Sonia Gomes e o barroco da costura, por Lilia Moritz Schwarcz

Neste 8M, na primeira atualização do dia, publicamos na coluna MinasMundo ensaio da professora Lilia Moritz Schwarcz (USP), que acaba de ser a 11ª mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras, sobre a artista mineira Sonia Gomes e sua arte de bordar.

Na semana do 8M, a BVPS promove pelo segundo ano consecutivo a Ocupação Mulheres. Organizada pela editora Caroline Tresoldi, doutoranda em Sociologia no PPGSA/IFCS/UFRJ, neste ano de 2024 serão publicados cerca de 35 textos. São narrativas distintas: ensaios, relatos, cartas, conto, entrevista e resenhas, que abordam temas, reflexões e dados das mais diferentes ordens sobre mulheres.

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BVPS Convida | Seminário “MinasMundo, Ouro Preto (2024-1924)”

A programação do seminário MinaMundo, Ouro Preto (2024-1924) está quase pronta. Amanhã ou depois a divulgaremos. Conheçam, por enquanto, as expositoras e expositores que estarão conosco em Ouro Preto, no Auditório do Museu da Inconfidência, na Casa da Ópera e na Casa Guignard nos dias 25, 26 e 27 de março próximo. Será um momento de debates intensos sobre a cultura brasileira, a questão do cosmopolitismo, a vida social, política e artística mineiras. Diferentes áreas de conhecimento e diferentes perspectivas em diálogo. Será também um momento de celebração da viagem modernista de 1924 e do projeto MinasMundo em seu quarto ano de atuação.

O seminário é uma parceria do Projeto MinasMundo com a Prefeitura Municipal de Ouro Preto.

Mais informações sobre o seminário podem ser conferidas aqui e aqui.

BVPS Convida | Seminário “MinasMundo, Ouro Preto (2024-1924)”

André Botelho, Angelo Oswaldo de Araújo Santos e Lilia Moritz Schwarcz discutirão “Miragens e redescobrimentos do Brasil” na mesa de abertura do seminário MinasMundo, Ouro Preto (2024-1924), no dia 25 de março, às 10h30, na Casa da Ópera.

Já o encerramento, no dia 27, às 17hs no mesmo local, promete ser mais do que um balanço, uma reabertura de visões sobre os sentidos do cosmopolitismo, com Silviano Santiago, Conceição Evaristo e Leda Maria Martins.

Entre as duas sessões três dias de trabalho instigante com convidados para lá de especiais que em breve anunciaremos. Por ora, confira abaixo a programação dos minicursos que serão oferecidos durante o evento.

O seminário é uma parceria do Projeto MinasMundo com a Prefeitura Municipal de Ouro Preto.

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Coluna Palavra Crítica + MinasMundo | “O diabo na rua, no meio do redemunho” – Ato III: “Sob o rastro do cão”, por Rodrigo Jorge Ribeiro Neves

O projeto MinasMundo, em colaboração com a Coluna Palavra Crítica do Blog da BVPS, publica simultaneamente com o site Outras Palavras o terceiro e último post da série sobre O diabo na rua, no meio do redemunho, novo filme de Bia Lessa, a partir do romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa.

São três posts, ou três atos, como a estrutura de um texto narrativo ou dramatúrgico. Entretanto, não intentamos dar a cada um, de forma estanque, a função clássica e linear que possuem na construção de uma história. A nomenclatura tampouco é arbitrária, embora tenha, sim, seu caráter lúdico, ou seja, de jogo com as palavras e com as estruturas dos textos. Ato é ação, na origem e no seu fim. Pensamos ainda na definição de Patrice Pavis, em seu Dicionário de teatro, para quem o ato “se define como uma unidade temporal e narrativa, mais em função de seus limites do que por seus conteúdos”. Portanto, nos três atos que publicamos, pretendemos agir nos e além dos limites da palavra, esgarçando-os através da ferocidade da literatura de Guimarães Rosa e da des-domesticação da escrita cênico-visual de Bia Lessa.

No post de hoje, o Ato III traz um ensaio de Rodrigo Jorge Ribeiro Neves, curador da Coluna Palavra Crítica e pesquisador do projeto MinasMundo, sobre o novo filme de Bia Lessa. Em seu texto, o autor analisa os trabalhos artísticos de Bia Lessa a partir do romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, desde a exposição no Museu da Língua Portuguesa, em 2006, passando pelo espetáculo-instalação, de 2017, até chegar no primeiro longa-metragem de ficção da artista. Nessa travessia entre linguagens, Bia Lessa realiza uma espécie de pacto fáustico-cênico, de grande potência visual e interativa. A sua escrita da cena, seja ela teatral ou cinematográfica, nos conduz a não apenas acompanhar as trajetórias das personagens do romance, como Riobaldo, Diadorim e Joca Ramiro, ou a reconstituir a áspera e difícil cartografia das regiões brasileiras onde habitam, mas também a pensar em outras concepções de realidade social e de mundo. Afinal, se, para Rosa, o sertão está em toda parte, Bia o desperta, por meio da cena, em nós. 

A estreia do filme está marcada para outubro, no Festival do Rio. Serão duas sessões: a primeira no dia 8, no Cine Odeon, às 19h; e a outra no dia 9, no Estação Net Rio, às 18h30. O filme será exibido também na Mostra São Paulo e em um festival na cidade de Berlim.

Para conferir o Ato I, clique aqui, e o Ato II pode ser acessado aqui.

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