Tradução-Exu: um trecho

Finalizando os trabalhos da série Tradução-Exu na coluna Interpretações do Brasil e poéticas, publicamos hoje um trecho de Tradução-Exu: ensaio de tempestades a caminho (2022), de Guilherme Gontijo Flores & André Capilé. Depois de termos lido e conversado ao logo da semana sobre diferentes dimensões dessa proposição tradutória, vemos aqui elementos da elaboração do seu núcleo teórico, ao mesmo tempo em que se traça o contraponto em relação a outras posturas do repertório especializado diante do problema da tradução.

A série Tradução-Exu foi uma parceria da coluna, curada por Lucas van Hombeeck, com a pesquisadora Alice Faria (UFRJ). Para ler seus outros textos, Uma A Outra Fúria e Papo sobre Uma A Outra Tempestade + Tradução-Exu, clique nos links acima.

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Papo sobre Uma A Outra Tempestade + Tradução-Exu

No segundo post da série Tradução-Exu da coluna Interpretações do Brasil e poéticas, publicamos uma conversa entre Alice Faria e André Capilé & Guilherme Gontijo Flores. O diálogo foi feito com o mesmo procedimento que os autores usaram para escrever os livros de que falam: a partir das perguntas, elaboram respostas conjuntas em que a coautoria aparece na tensão e composição de duas facetas cuja diferença aparece ora mais, ora menos.

A conversa se estende pelos dois livros da dupla, as relações entre eles, seus processos de pesquisa, produção e invenção, além das suas relações com outras perspectivas tradutórias e com as diversas corporeidades em jogo na cena dessa proposta que articula teoria e prática.

Boa leitura!

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Tradução-Exu (I): Uma A Outra Fúria

Abrindo os trabalhos (e caminhos) da coluna Interpretações do Brasil e poéticas este ano, começamos hoje a publicação da série Tradução-Exu, uma parceria da coluna com a pesquisadora Alice Faria (UFRJ). Durante toda a semana, publicaremos textos que dialogam com a proposição teórico-tradutória de André Capilé (UERJ) e Guilherme Gontijo Flores (UFPR) em Uma A Outra Tempestade e Tradução-Exu: ensaio de tempestades a caminho, ambos publicados pela editora Relicário em 2022.

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Trocação crítica [ao vivo]: As 29 poetas hoje, por Julya Tavares e Lucas van Hombeeck

No post de hoje, a coluna Interpretações do Brasil e poéticas publica uma troca de e-mails entre Julya Tavares e Lucas van Hombeeck a partir da antologia As 29 poetas hoje, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda e lançada este ano pela Companhia das Letras. A conversa articula essa antologia com outra da mesma organizadora – 26 poetas hoje – feita na década de 1970 e relançada também em 2021. A troca, entre os poemas, prefácios e as experiências dos autores como leitores e produtores, passa pelo modernismo de 1922 e outros movimentos culturais na véspera do centenário da Semana de Arte Moderna, buscando um sentido de processo na poesia assim como as interpelações que seus acontecimentos colocam para a tarefa da crítica.

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POR ESSE DESEJO DE EDIFICAR LINGUAGENS, por Natasha Félix

No post de hoje, a coluna Interpretações do Brasil e poéticas publica um texto de Natasha Félix em que se cruzam observações sobre uma cena da poesia contemporânea e reflexões estéticas e culturais em torno da produção de imagens, políticas e poéticas da escrita, do corpo e da performance. Numa pequena nota crítica que antecede o texto, o editor da coluna Lucas van Hombeeck traça relações entre a contribuição de Natasha e outras publicações do blog, deixando ao fim uma pergunta acerca da forma pela qual o texto da artista interpela o problema dos requisitos culturais que habilitam o/a jovem a se apresentar como escritor/a, num processo histórico que vai do início do século XX até hoje.

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Rodas Culturais: democracias anônimas? por Priscila Telles e Claudio Medeiros

No post de hoje, a coluna Interpretações do Brasil e poéticas publica um texto de Priscila Telles e Claudio Medeiros sobre as rodas culturais e as faíscas de democracia que elas permitem. Numa espécie de antropologia política desses acontecimentos e dos imaginários que eles instauram e reproduzem, os autores refletem sobre as formas sociais de uma política de mundos esporádicos, democracias contingentes, MCs, rinhas e rimas.

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Modernismo, engajamento e poesia social, por Rodrigo Jorge Ribeiro Neves

No post de hoje, a coluna Interpretações do Brasil e poéticas publica um texto de Rodrigo Jorge Ribeiro Neves sobre poesia social e engajamento no modernismo, em seus projetos estético e ideológico. Qual foi, no passado, o papel da poesia diante da expansão das atividades da Ação Integralista Brasileira de Plínio Salgado e do recrudescimento da repressão do Governo Vargas no Estado Novo? Afinal, o que torna a arte engajada socialmente?

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O rap, o breque e os apps: a fúria negra ressuscita outra vez, por Tarso de Melo

Galo _ Renato Maretti e Julia Thompson El País

No post de hoje, a coluna Interpretações do Brasil e poéticas publica um texto do poeta e ensaísta Tarso de Melo sobre o papel do rap na formação política de lideranças das novas lutas contra a precarização do trabalho e em especial de Paulo Lima, o Galo.

No ensaio, que reconstitui falas da liderança dos Entregadores Antifascistas lado a lado com versos do rap paulista, com destaque para os Racionais MCs, fica evidente o papel de reflexividade social da arte e suas consequências políticas para o caso analisado. Como escreve o autor a respeito da poesia de Mano Brown, “quanto daquelas letras é retirado das ruas e devolvido com mais intensidade para a fala da quebrada?”. A técnica lembra aquela proposta por Brecht a seus atores e descrita por Roberto Schwarz no ensaio “Cultura e política 1964-1969”:

nalguma parte Brecht recomenda aos atores que recolham e analisem os melhores gestos que puderem observar, para aperfeiçoar e devolvê-los ao povo, de onde vieram. A premissa deste argumento, em que arte e vida estão conciliadas, é que o gesto exista no palco assim como fora dele, que a razão de seu acerto não esteja somente na forma teatral que o sustenta. O que é bom na vida aviva o palco, e vice-versa. Ora, se a forma artística deixa de ser o nervo exclusivo do conjunto, é que ela aceita os efeitos da estrutura social (ou de um movimento) – a que não mais se opõe no essencial – como equivalentes aos seus.

A relação entre vida e arte está, assim, inscrita numa dinâmica de dupla hermenêutica (para recuperar o termo da teoria da reflexividade de Anthony Giddens): o rap lê o mundo que lê o rap.

Além do texto de hoje, aproveitamos para relembrar que o Blog da BVPS publicou na coluna Interpretações do Brasil e musicalidades uma entrevista em duas partes (que podem ser lidas aqui e aqui) com Acauam Oliveira, autor da introdução de Sobrevivendo no Inferno (Companhia das Letras, 2018), feita por Pedro Cazes.

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Facções gráfico-visuais na disputa pelo Brasil, por Pollyana Quintella

revista Ponto 1_1967

No post de hoje, o Blog da BVPS retoma as atividades da coluna Interpretações do Brasil e poéticas, organizada pelo nosso editor-assistente Lucas van Hombeeck, doutorando em sociologia no PPGSA-IFCS/UFRJ. A seção estreou com o texto A educação pela prática da linguagem: uma chance pedagógico-filológica na poesia de João Cabral de Melo Neto e na filosofia de Paulo Freire, por Rafael Zacca, e conta hoje com Facções gráfico-visuais na disputa pelo Brasil, por Pollyana Quintella. Pollyana colabora com pesquisa e curadoria para o Museu de Arte do Rio (MAR) e é mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ.

No texto, a autora reconstrói brevemente o contexto das disputas em torno da poesia experimental e de vanguarda no Brasil a partir da década de 1950 nas tensões estabelecidas entre concretismo, crítica literária e o sistema das artes visuais. Em seguida, explora as iniciativas Poema/Processo e afins, como o grupo Dés ou a Revista Brouhaha, em sua tarefa de descentramento do experimental brasileiro e reconfiguração da relação local-global pela poesia. Por fim, faz uma leitura cerrada do poema visual “1822”, de Nei Leandro, em perspectiva com as questões da dependência cultural e das diferenças regionais levantadas ao longo do texto.

Lembramos às leitoras e leitores do Blog que “Interpretações do Brasil e poéticas” é nossa quarta coluna, ao lado de “Interpretações do Brasil e política”, coordenada por Leonardo Belinelli (USP), “Interpretações do Brasil e musicalidades”, sob a coordenação de Pedro Cazes (CPII e IESP/UERJ) e “Arte e sociedade”, com curadoria de Sabrina Parracho Sant’Anna (UFRRJ).

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