“O caos preclaro”, de Christian Bruno Alves Salles

Caos preclaro capa

O Blog da BVPS divulga o lançamento do livro O caos preclaro: identidade nacional e resistência simbólica na antropofagia oswaldiana (Editora 7 Letras), de Christian Bruno Alves Salles. A obra teve como origem a tese de doutorado do autor, defendida no Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da UERJ e orientada pelo professor Ricardo Benzaquen de Araújo.

Abaixo disponibilizamos uma pequena apresentação ao livro e seu sumário

 

O livro O caos preclaro: identidade nacional e resistência simbólica na antropofagia oswaldiana, de Christian Bruno Alves Salles, representa uma proposta de investigação sociológica de uma das mais importantes e controversas expressões do modernismo brasileiro, o movimento antropofágico. O projeto do autor consistiu em realizar um trabalho mais acurado de análise do corpus documental do movimento com o intuito de apreender o significado mais preciso de algumas das principais proposições de seu programa. Programa que se revelou articulado não apenas a uma preocupação com questões estéticas, mas particularmente comprometido com a compreensão do processo de formação nacional e dos mecanismos simbólico-valorativos de organização da sociedade, segundo uma perspectiva fortemente contestadora de seu caráter opressor. Traço associado a um propósito de transformação da ordem estabelecida, a partir da afirmação de uma postura rebelde e libertária, como manifestação do instinto antropofágico, haurido da cultura indígena.

A pesquisa que resultou no livro foi realizada tendo como um de seus principais intentos identificar e examinar alguns dos princípios constitutivos do movimento, como a positividade de uma prática religiosa diretamente atrelada à vida, investida de certo teor pagão e mundano; o ócio, entendido como condicionante de uma existência mais inventiva e lúdica; a vivência livre e plena da sexualidade; o cômico, apropriado como instrumento de intervenção na sociedade e chave de interpretação do mundo. Essa via interpretativa permitiu não apenas evidenciar o caráter subversivo do discurso antropofágico, mas também fez vir à tona sua face utópica, que compreende uma recuperação do substrato de energia instintiva nativa para, em confluência com uma apropriação virtuosa das potencialidades do progresso técnico, proporcionar o advento de uma existência renovada, novamente sob o primado do prazer, do ócio criativo, da liberdade.

 

SUMÁRIO

Agradecimentos 13

Introdução 17

Capítulo 1 – Origens: êxtase e ócio solar 33

Capítulo 2 – Utopia: legado e horizontes 79

Capítulo 3 – Roteiros da modernidade 115

Conclusão 153

Referências bibliográficas 165

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