Lançamento | Rivalidade e afeição, de Maria Laura Cavalcanti

O Blog da BVPS divulga o lançamento do livro Rivalidade e afeição: ritual e brincadeira no bumbá de Parintins, de Maria Laura Cavalcanti (Ed. Universidade Estadual do Amazonas/Autografia, 2022). O evento acontecerá no dia 03 de maio, a partir das 19h, na Livraria Argumento (Rua Dias Ferreira, 417, Leblon, Rio de Janeiro).

Confira abaixo um release do livro e a orelha escrita por Roberto DaMatta.


Release:

Em linguagem clara e cheia de empatia, Rivalidade e afeição: ritual e brincadeira no Bumbá de Parintins (200 págs. Ed. Universidade Estadual do Amazonas/Autografia, 2022) de Maria Laura Cavalcanti, ilumina a grande riqueza cultural e socioantropológica do espetacular festival amazônico. O livro aborda a história e etnografia da festa; o universo mítico das narrativas de origem dos bumbás; as deslumbrantes e efêmeras alegorias que singularizam e promovem trocas de saberes e experiências entre os bumbás e o carnaval das escolas de samba; as formulações de Mário de Andrade sobre o folguedo do boi; a produção anual da rivalidade entre os dois bumbás que culmina em espetáculo na arena festiva. Dois apêndices complementam o conjunto: Ricardo Barbieri enfoca a sociabilidade das galeras dos Bois e, em colaboração com a autora, acompanha a adaptação dos bumbás ao período pandêmico. Com rigor e sentimento, linguagem acadêmica e estilo literário, desvela-se o poder de atração simbólica das festas e o vigor da cultura popular em nosso país.

Orelha de Roberto DaMatta:

Rivalidade e afeição é extraordinário estudo socioantropológico do boi bumbá de Parintins, Amazonas. Com grande sensibilidade, linguagem clara e repleta de empatia, Maria Laura Cavalcanti desvenda as circunstâncias socioculturais e históricas de como o Boi Garantido e Boi Caprichoso deixaram seus respectivos currais conferindo a uma festividade local teor urbano, estadual, regional e nacional capaz de rivalizar com os desfiles de carnaval. É um deleite surpreender o processo pelo qual muitos artistas, autores e personagens contribuíram sucessiva e tenazmente para os criativos acréscimos adicionados aos símbolos centrais – os bois – que alcançaram o caráter de amplas torcidas. Os pertencimentos de família e bairro – de gente do alto versus gente da beira do rio – foram substituídos por escolhas mais livres, introduzindo um atraente e legítimo interesse individual no folguedo transformado em espetáculo.

Indispensável a qualquer pessoa interessada no poder de envolvimento das festas populares, este livro desvenda a força de atração do mundo simbólico sobre nossos corpos e espíritos. Revela a magia irresistível desses bumbás amazônicos que provam o quanto somos alimentados por símbolos, música, dança, solidariedade, rivalidade e todos esses mistérios que chamamos de sociabilidade ou, quem sabe, deveríamos chamar de amor. 

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